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domingo, 21 de fevereiro de 2010

Poema ao amor.

Se eu falasse as línguas dos homens e até as dos anjos, mas não tivesse amor
seria bronze que soa ou címbalo que tine.
Se tivesse o dom da profecia e conhecesse todos os mistérios e todos os saberes,
se a minha fé fosse a ponto de mover montanhas,
mas não tivesse amor, eu nada seria.
Se repartisse pelos pobres tudo quanto tenho e meu corpo entregasse às labaredas
mas não tivesse amor, nada ganharia.
O amor paciente, repleto de bondade,
o amor que desconhece inveja e não ostenta orgulho,
o amor sem vaidade, que descura o próprio interesse,
e não se irrita e não suspeita mal,
o amor que não colhe alegria da injustiça, mas se alegra com a verdade,
tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
O amor jamais acabará:
há um tempo em que vacilam as profecias, as línguas emudecem e o saber desaparece
porque só em parte conhecemos e só em parte profetizamos,
mas quando chega a perfeição os limites apagam-se.
Quando eu era criança, falava como criança, sentia como criança,
pensava como criança:
quando me tornei homem abandonei as coisas de criança.
Agora vemos por um espelho, e de maneira obscura,
o que depois veremos face a face.
Agora conheço apenas uma parte,
mas então conhecerei conforme também sou conhecido.
Agora permanecem fé, esperança, amor, todos juntos.
Mas o maior de todos é o amor.

Um comentário:

  1. Ah, o amor... o amor verdadeiro, esse é para sempre, é o que dá sentido à vida.

    Pois é, Paulo já alertava para a inutilidade dos gestos sem amor, tudo em vão, tudo vazio sem amor, e ainda tem gente que pensa que pode ser feliz sem amar, oh oh

    Beijocas,

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