Páginas

sábado, 3 de maio de 2014

Para ler e gostar: Carlos Drummond de Andrade

                                     Poema da purificação


Depois de tantos combates
o anjo bom matou o anjo mau
e jogou seu corpo no rio.
As água ficaram tintas
de um sangue que não descorava
e os peixes todos morreram.
Mas uma luz que ninguém soube
dizer de onde tinha vindo
apareceu para clarear o mundo,
e outro anjo pensou a ferida
do anjo batalhador.


Nenhum comentário:

Postar um comentário